21 novembro 2010

Por que o avestruz, a ema e o casuar não voam?

Curiosidades sobre as Aves





O avestruz, a ema e o casuar são as maiores aves do mundo! E possuem outra peculiaridade também: não podem voar. Mas como podem existir aves que não voam?

O que acontece


O vôo das aves é uma ação complexa e exige uma aerodinâmica e um peso ideal para que o sucesso seja alcançado. Pense comigo, para voar um ser vivo precisa ser forte o suficiente para agüentar o peso do seu próprio corpo nas asas e se ele for muito pesado, precisará de uma força muscular muito grande. Mas para ter força muscular é preciso ter músculos, e massa muscular pesa! Então, como resolver esse dilema? Vamos considerar uma ave com 500 gramas. Ela tem que despender certa potência muscular para voar, o que irá gastar certa energia. Mas se considerarmos uma ave de 1 quilograma, esta terá que gastar muito mais energia, pois a potência muscular exigida será 2,25 vezes maior quando for decolar que a ave de 500 gramas. Calcula-se que o peso máximo que uma ave pode chegar para que ainda apresente condições de voar, baseados nos princípios aerodinâmicos, é de aproximadamente 12 quilogramas. Esta estimativa corresponde razoavelmente bem às massas do corpo das aves voadoras existentes. Assim, o avestruz, o casuar e a ema ultrapassam o limite de peso permitido para que consigam voar.

Além do corpo grande e pesado, o avestruz, o casuar e a ema possuem penas não tão rígidas como as das aves voadoras e suas asas são muito pequenas em relação ao tamanho corporal para permitir que se locomovam no ar como a maioria das aves.
O esterno (esse ossinho que fica na união das costelas) das aves voadoras é largo e, normalmente, possui uma quilha, que é uma expansão do osso para que os potentes músculos de vôo possam se ancorar. Mas, no avestruz, no casuar e na ema o esterno é plano, não possui quilha e seus músculos do peito não são desenvolvidos e adaptados para o vôo. Por outro lado, o avestruz possui as pernas bem longas e os músculos da perna muito bem desenvolvidos, o que lhe permite ser um excelente corredor. Ao correr, um avestruz pode alcançar uma velocidade de até 60 km por hora!

Fontes: http://www.youtube.com/watch?v=riJqTUiMxX4
http://www.pontociencia.org.br/

16 novembro 2010

Os primeiros Vertebrados

As evidências fósseis indicam que os vertebrados evoluíram num ambiente marinho durante o Cambriano. Pouco sabemos sobre o grupo até algumas formas desenvolverem armaduras ósseas dérmicas. A evolução do osso, bombeamento muscular para filtrar alimento e o aumento na mobilidade, direcionou a evolução em dois sentidos diferenciando-se dois grupos distintos de vertebrados. Primeiramente surgiram os Pteraspsida ou Diplorhina, também denominados heterostracos; posteriormente diferenciaram-se os Cephalaspida ou Monorhina, caracterizados pelos osteostracos. A ampla radiação destas formas demonstra várias soluções para resolver o crescimento de um organismo encouraçado com osso. Somente dois tipos de Agnatha sobreviveram até os dias de hoje, originários das radiações dos primeiros vertebrados; as feiticeiras e lampréias. Todavia, os Agnatha atuais ilustram como o plano estrutural do corpo dos primeiros vertebrados foi capaz de sofrer alterações, devidas às várias especializações.

PROTOCORDADOS

ORIENTAÇÃO

O filo Chordata inclui animais tão diversos como as ascídeas, os peixes, rãs, aves e o homem. Esta página elucida e justifica sua colocação no mesmo filo. Logo após, serão discutidos os dois grupos de cordados invertebrados: os urocordados e os cefalocordados. Também são descritos os hemicordados, que é um filo de animais que mostram semelhanças tanto com os cordados como com os equinodermas.

CARACTERÍSTICAS DOS CORDADOS

O filo Chordata é um filo grande e diversificado de animais marinhos, dulcícolas e terrestres, que inclui ascídias, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Todos possuem um notocórdio dorsal, semelhante a uma haste, um cordão nervoso dorsal e fendas faríngeas. Em muitos cordados, algumas destas características são encontradas apenas nos estágios de seu desenvolvimento. O filo Chordata contém uma diversidade de animais, unidos por possuírem. pelo menos em alguma fase de sua vida, fendas faríngeas, um notocórdio e um cordão nervoso dorsal. Embora a maioria dos cordados pertença ao subfilo Vertebrata, em que um esqueleto vertebral envolve ou substitui o notocórdio, existem dois subfilos de cordados invertebrados.

Subfilo Urochordata

Os urocordados, que incluem as ascídias marinhas sésseis e algumas formas pelágicas, são o maior grupo de cordados invertebrados. O corpo é vestido por um envoltório externo denominado túnica, que contém celulose. A grande faringe perfurada está adaptada para a alimentação por filtração. Eles são hermafroditas e possuem uma larva em forma de girino, que tem um notocórdio e um cordão nervoso dorsal. O subfilo Urochordata é composto por animais marinhos e sésseis em sua maioria, conhecidos como tunicados ou ascídias e possuem o notocórdio e o cordão nervoso dorsal apenas durante o estágio de larva. Grande parte do interior do corpo é ocupada por uma grande faringe perfurada por muitas fendas. A água entra na faringe pelo sifão bucal (boca), passa por propulsão ciliar através das fendas ao redor do átrio e, então, sai pelo sifão exalante. Na passagem através das fendas faríngeas, o plâncton é filtrado da água corrente. O corpo está coberto por uma túnica protetora contendo celulose, que é secretada pela epiderme Nas muitas espécies coloniais de urocordados, os indivíduos estão unidos por um estolão ou têm sua túnica fusionada.

Subfilo Cephalochordata.

Os cefalocordados são cordados marinhos, pequenos e pisciformes, que se enterram em fundos arenosos. São metaméricos e possuem todas as características dos cordados na forma adulta. As fendas faríngeas funciona como filtro de alimentos. O subfilo Cephalochordata contém um pequeno grupo de cordados pisciformes que se enterram no sedimento marinho. Eles nadam ou enterram-se através de rápidas ondulações do corpo, produzidas pela contração de músculos metaméricos. Os cefalocordados filtram o alimento da corrente de água que passa pela boca e fendas faríngeas. A partir do cordão nervoso dorsal, emergem raízes de nervos laterais, pares, dispostas em um arranjo segmentar, mas não existe um cérebro anterior.

Subfilo Vertebrata

Os vertebrados são cordados metaméricos, de grande tamanho corpóreo, que possuem uma espinha dorsal de vértebras ao redor de ou substituindo, o notocórdio. O subfilo Vertebrata contém a maioria dos cordados. Como cefalocordados, eles são metaméricos, mas a extremidade anterior do cordão nervoso está expandida num cérebro. O notocórdio está envolvido ou substituído por vértebras. Primitivamente, os vertebrados são nadadores ondulatórios e a evolução da mandíbula capacitou-os a explorar uma diversidade maior de alimentos que os seus ancestrais filtradores. Muitos zoólogos acreditam que o ancestral dos cordados foi um animal séssil e os cefalocordados e vertebrados evoluíram através da retenção e desenvolvimento de formas corpóreas larvárias móveis, até a maturidade.

DIVERSIDADE, EVOLUÇÃO, E CLASSIFICAÇÃO DOS VERTEBRADOS

As 50.000 espécies atuais de vertebrados variam, em tamanho, de menos de um grama a mais de 100.000 quilos e vivem em habitats que vão do fundo dos oceanos ao topo das montanhas. Esta extraordinária diversidade é produto de 500 milhões de anos de evolução. Evolução significa mudança nas freqüências relativas de alelos no conjunto gênico de uma espécie. A variabilidade hereditária dos indivíduos de uma espécie é a matéria prima da evolução, e a seleção natural é o mecanismo que produz mudança evolutiva. A seleção natural atua através da reprodução diferencial e o valor adaptativo descreve a contribuição do diferencial dos indivíduos para as gerações futuras. A maior parte da seleção provavelmente opera ao nível dos indivíduos, mas é possível que também atue ao nível dos alelos, populações, ou mesmo espécies. Em adição à variabilidade individual as espécies freqüentemente exibem dimorfismo sexual e variação geográfica. O dimorfismo sexual reflete as diferentes forças seletivas atuando sobre machos e fêmeas de uma espécie, como resultado da assimetria do investimento reprodutivo. Em muitos casos, os machos maximizam seu valor adaptativo acasalando-se com maior número possível de fêmeas, enquanto que as fêmeas devem procurar o melhor macho possível. A variação geográfica é resultado de condições ambientes variáveis nas diferentes partes da área de distribuição de uma espécie. Quando uma população local é isolada do resto da espécie, acumulam-se diferenças genéticas. Se estas diferenças tornarem-se extensivas, os indivíduos da população isolada podem tornar-se incapazes de reproduzir-se com indivíduos da população principal quando é re-estabelecido o contacto. Este processo é denominado especiação alopátrica. A Terra tem mudado dramaticamente durante o meio bilhão de anos da história dos vertebrados. Os continentes eram fragmentados quando os vertebrados apareceram; coalesceram em um enorme continente, a Pangéia, há cerca de 300 milhões anos; e começaram a fragmentar-se novamente cerca de 100 milhões de anos atrás. Este padrão de fragmentação - coalescência - fragmentação resultou no isolamento e re-contacto dos grandes grupos de vertebrados em uma base mundial. Em escala continental, o avanço e a retração de geleiras durante o Pleistoceno fez com que habitats homogêneos se dividissem e fundissem repetidamente, isolando populações de espécies amplamente distribuídas, levando à evolução de novas espécies. A sistemática filogenética usualmente denominada cladística classifica os animais com base em caracteres derivados compartilhados. Grupos evolutivos naturais só podem ser definidos com base nesses caracteres derivados; a retenção de caracteres ancestrais não dá informações sobre as linhagens evolutivas. A aplicação desses princípios produz grupos zoológicos que refletem a história evolutiva tão acuradamente quanto se possa discerni-los e constitui a base para a formulação de hipóteses sobre a evolução.

ORIGEM DOS VERTEBRADOS

A história dos vertebrados cobre um penado de mais de 500 milhões de anos. Pensamos no ser humano como o vertebrado mais altamente evoluído, especializado em muitas estruturas - mãos, pés, coluna vertebral, cérebro -, mas a estrutura e organização do corpo humano foram determinados no longo e complexo curso da evolução. Quando deixamos de lado as características especiais dos humanos e os comparamos com outros vertebrados, um plano básico do corpo pode ser identificado. Presumivelmente ancestral esse plano consiste em uma organização bilateral tubular, com características como notocorda, fendas faríngeas, tubo nervoso dorsal oco, vértebras e crânio. Um protocordado, o anfioxo, e a larva amocete das lampréias dão uma idéia de como podem ter sido os primeiros vertebrados. Os vertebrados mais antigos conhecidos são os ostracodermes, animais aquáticos primitivos sem maxilas, aparentados com as lampréias e feiticeiras, que aparecem pela primeira vez no Cambriano superior e Ordoviciano. Eles eram completamente recobertos por urna pesada armadura dérmica óssea. Não foram encontrados fósseis intermediários entre os ostracodermes e qualquer dos supostos progenitores invertebrados dos primeiros vertebrados, mas algumas idéias da possível origem destes últimos podem ser inferidas pela comparação das formas atuais. A notocorda fendas faríngeas e tubo nervoso dorsal oco são compartilhados com certos animais protovertebrados, e é mais provável que os vertebrados tenham se originado de cordados com os caracteres gerais do anfioxo. A teoria de Garstang da evolução dos vertebrados a partir de um estágio larval como o dos tunicados é comumente aceita, mas permanece sem provas. Retrocedendo na história evolutiva, os cordados são mais proximamente aparentados aos Echinodermata e certos grupos de lofoforados que em relação a qualquer outro filo de invertebrados. Os primeiros animais que podem ser chamados de vertebrados provavelmente evoluíram nos mares cambrianos. Embora esta seqüência de eventos não constitua a história comprovada das origens dos vertebrados, ela é um bom exemplo de como os biólogos elaboram hipóteses evolutivas a partir de estudos comparados de animais fósseis e atuais. cordados.

SISTEMA DE ÓRGÃOS DE VERTEBRADOS E SUA EVOLUÇÃO

As atividades de vertebrados são realizadas por uma morfologia complexa. As interações entre diferentes tecidos e estruturas são o ponto central no desenvolvimento embrionário de um vertebrado e da sua função como organismo. Os padrões de desenvolvimento embrionário são geralmente conservativos do ponto de vista filogenético e muitos caracteres derivados compartilhados pelos vertebrados podem ser traçados em suas origens no embrião jovem. Em particular, as células da crista neural que são próprias dos vertebrados participam durante o desenvolvimento embrionário de um certo número de caracteres derivados destes animais. Um vertebrado adulto pode ser visto como um conjunto de sistemas que interagem continuamente. .O integumento separa o vertebrado de seu meio ambiente e participa da regulação da troca de matéria e energia entre o organismo e o meio. Suporte e movimento são o campo de ação do sistema esqueleto-motor e ambos são necessários para a função efetiva dos sistemas de tomada e processamento do alimento. A respiração e a circulação transportam substratos metabólicos e oxigênio para os tecidos e removem resíduos. Os resíduos nitrogenados do metabolismo protéico são eliminados pelo integumento nas formas primitivas e pelo sistema renal de outros vertebrados. O sistema renal também participa na regulação do balanço hidrico-salino e da manutenção do pH do sangue. A coordenação destas atividades é realizada pelos sistemas nervoso e endócrino e o sistema reprodutor transmite a informação genética de geração a geração.

HOMEOSTASE E ENERGIA

Os vertebrados, como outros organismos, são compostos principalmente por água. Os solutos inorgânicos e orgânicos são dissolvidos na água e, os processos bioquímicos complexos que tornam os organismos auto-sustentados requerem regulação do conteúdo hídrico e das concentrações de solutos de seus tecidos e células. A maioria dos vertebrados tem concentrações osmóticas variando de 250 a 350 miliosmóis por quilo de água, enquanto que a da água doce está abaixo de 1000 miliosmóis e da água salgada é cerca de 1000 miliOsmóis. Ocorre certa correspondência entre os grupos de peixes, o tempo que estiverem em habitats de água doce e marinho e, quão intimamente suas concentrações osmóticas combinam com seu ambiente. Sódio e cloro são os componentes mais osmoticamente ativos na água salgada e na maioria dos vertebrados. As superfícies corpóreas de peixes e anfíbios são permeáveis à água. Os teleósteos de água doce e os anfíbios têm concentrações osmótica e iônica maiores que as de seus ambientes. Conseqüentemente, eles se defrontam com um influxo osmótico de água e um efluxo de difusão de íons. Eles produzem urina diluída e muito copiosa para excretar água e despedem energia para tomar íons do meio externo. Os teleósteos marinhos são menos concentrados que a água do mar eles perdem água por osmose e ganham sais por difusão. Estes peixes bebem água do mar e usam o transporte ativo para excretar íons; os peixes, feiticeira, os elasmobrânquios e o celacanto têm concentração osmóticas próximas daquela da água do mar, mas as concentrações iônicas são diferentes daquela de seu ambiente. Em decorrência, o movimento osmótico de água é baixo, mas a energia é usada para regular as concentrações de solutos. A deaminação das proteínas durante o metabolismo produz amônia que é tóxica. A amônia é muito solúvel na água e os vertebrados aquáticos excretam amônia como resíduo nitrogenado principal (amonotelismo). Animais terrestres não dispõem de água suficiente para serem amonotélicos. Os mamíferos convertem amônia em uréia, que não é tóxica e é muito solúvel. A capacidade que o rim de mamífero tem de produzir urina concentrada permite-lhe excretar uréia (ureotelismo) sem excessiva perda de água. O rim dos diápsidas e das tartarugas não tem capacidade de concentrar a urina e, estes animais convertem a amônia em ácido úrico (uricotelismo). O ácido úrico não é muito solúvel e se combina com íons para formar uratos que precipitam na cloaca. Como o sal precipita, a água é liberada e o uricotelismo é muito econômico em água. Alguns uricotélicos armazenam mais água usando rotas extra-renais de excreção de sal (glândulas de sal) para eliminar sódio e cloro em soluções que podem exceder 2.000 miliosmóis. A temperatura afeta profundamente os processos bioquímicos que sustentam os vertebrados, sendo os mecanismos termo-reguladores amplamente distribuídos. Alguns peixes e anfíbios podem manter a diferença de temperatura entre seus corpos e a água ao seu redor, mas alguns atuns de natação rápida e certa tubarões têm temperaturas musculares que são 10°C superiores à temperatura da água. Muitos vertebrados terrestres têm a capacidade de regular sua temperatura corpórea. Os ectotermos recorrem a fontes de calor externas ao corpo para termo-regulação, equilibrando o ganho e a perda calórica por radiação, condução, convecção e evaporação. Este é um processo complexo e efetivo; muitos ectotermos mantêm temperaturas estáveis, substancialmente acima das temperaturas ambientes, enquanto estão termo-regulando. Os endotermos usam o calor metabolicamente produzido e manipulam o isolamento para equilibrar as taxas de produção e perda de calor. A termo-regulação endotérmica confere uma independência considerável das condições ambientais, mas é energeticamente dispendiosa. Os mecanismos de termo-regulação ectotérmica e endotérmica são diferentes e uma transição evolutiva da ectotérmica para endotermia poderia ser complexa. Não obstante, esta transição ocorreu pelo menos duas vezes, uma na evolução das aves e outra na dos mamíferos. As origens evolutivas dos dois componentes essenciais da endotermia - o isolamento e uma taxa metabólica elevada - foram provavelmente diferentes em seu significado corrente. Os vertebrados são animais ativos, e esta atividade quer alto nível de dispêndio energético. As necessidades energéticas dos vertebrados dependem do tamanho corpóreo, do modo de termo-regular e do que os animais fazem. A locomoção é uma atividade energeticamente dispendiosa; o vôo é mais dispendioso que a natação, e a corrida é mais que ambos. Os vertebrados usam duas maneiras de produção da energia metabólica - o metabolismo aeróbico e anaeróbico (glicose). o aeróbico requer um sistema circulatório que pode transportar oxigênio e substratos metabólicos para os tecidos ativos, enquanto que o metabolismo anaeróbico se baseia nas reservas de glicogênio presentes nas células. Ambos podem produzir ATP em altos níveis, mas somente o metabolismo aeróbico pode ser sustentado por longos períodos.

ECOLOGIA E GEOLOGIA DA TERRA NA ORIGEM DOS VERTEBRADOS

Consideramos aqui as evidências da deriva continental - teoria segundo a qual massas continentais têm se deslocado na superfície da Terra. Os movimentos dos continentes são particularmente importantes na apreciação da complexidade da evolução dos vertebrados. Compreender esta diversidade requer um conhecimento da filogenia dos vertebrados, e também de quando, onde e sob que condições cada grupo se originou. Durante o Paleozóico inferior, quando os primeiros vertebrados aparecem no registro fóssil, as antigas massas de terra estavam coalescidas formando um único grande continente chamado Pangéia. Os sedimentos marinhos nos quais esses primeiros vertebrados são encontrados localizavam-se próximos ao paleo-equador, tendo sido depositados no que devem ter sido mares tropicais. Partes da Pangéia, especialmente as mais quentes, foram repetidamente inundadas por mares rasos epicontinentais. O clima durante o Paleozóico inferior, que cobre pouco mais de 150 milhões de anos entre o Cambriano superior e o fim do Devoniano, era uniforme. Este período extremamente longo de condições climáticas constantes deve ter promovido grande produtividade e favorecido muitas formas de vida. Plantas simples de água doce ocorrem em depósitos ordovicianos, mas formas complexas só se tomaram comuns na água doce durante o Devoniano. É provável que ostracodermes e vários tipos de invertebrados não tenham penetrado nas águas doces até que as plantas tivessem ai se estabelecido firmemente e a produtividade fosse alta. Assim, a extensiva irradiação dos primeiros peixes de água doce foi um evento eminentemente devoniano. Os vertebrados, então como agora, eram animais altamente móveis, adeptos da exploração de um suprimento de alimento rim e diverso. Os princípios da moderna geologia nos ensinam que essa estabilidade climática, tão importante na evolução e irradiação dos primeiros vertebrados, é amplamente resultado do acaso.

VERTEBRADOS AQUÁTICOS E PEIXES CARTILAGINOSOS

Os vertebrados originaram-se no mar, e mais da metade dos vertebrados viventes é o produto da evolução de linhagens que nunca deixaram o ambiente aquático. Atualmente a água cobre 73 por cento da superfície terrestre (esta porcentagem foi bem maior no passado) e oferece diferentes habitats, que se estendem desde o fundo dos oceanos e lagos até rios de correnteza rápida e pequenos lagos no deserto. Existem peixes com adaptações para todos estes habitats. A vida na água apresenta desafios e muitas oportunidades para os vertebrados. Os habitats aquáticos estão entre os mais produtivos do planeta Terra, e a energia está disponível de maneira abundante em muitos destes habitats aquáticos. Alguns habitats aquáticos, corno, por exemplo, o fundo dos oceanos, não tem produção de alimento "in situ" e os animais que vivem ai dependem da energia produzida fora deste habitat. A estrutura física dos diferentes habitats aquáticos é semelhante entre si: enquanto alguns habitats aquáticos (por exemplo, recifes de coral) tem urna complexidade estrutural muito grande, outros (como o mar aberto) são, estruturalmente, mais simples. A diversidade de peixes reflete as especializações, selecionadas pelos diferentes habitats aquáticos. A diversidade de peixes e de habitats, onde eles vivem, oferece uma gama de variações sem paralelo na história da vida. Enquanto algumas espécies de peixes produzem milhões de ovos que são liberados na água para que se desenvolvam sozinhos no ambiente, outras espécies produzem poucos ovos e os guardam no interior da cavidade bucal até alcançarem a forma juvenil, e muitos outros peixes dão à luz a formas juvenis. Em algumas espécies de peixes, os machos são maior que as fêmeas em outras o contrário é verdadeiro, outras espécies não apresentam machos e umas poucas mudam de sexo durante a vida. Os mecanismos alimentares foram um dos principais elementos na evolução dos peixes, estas especializações dos peixes modernos vão desde espécies que engolem presas inteiras até espécies que projetam suas maxilas, em forma de tubo, e sugam pequenos invertebrados que vivem em fendas estreitas. Os primeiros vertebrados conhecidos eram organismos aquáticos e filtradores, mas representaram um importante avanço em relação aos protocordados filtradores, porque usavam contrações musculares no lugar dos batimentos ciliares para movimentar a água. Uma bomba muscular pode deslocar um volume de água muito maior que a deslocada pelo batimento ciliar, e provavelmente por esse motivo foi possível aos primeiros vertebrados crescerem mais que os protocordados. Osso, uma forma particular de mineralização de tecido, foi a segunda inovação dos primeiros vertebrados. A carapaça óssea, que revestia estes animais, provavelmente fornecia uma certa proteção contra predadores e também poderia ter sido um depósito de minerais que contribuíam na homeostase, Com estes avanços, associados à mobilidade, os primeiros vertebrados foram capazes de se irradiar em zonas adaptativas que ainda não tinham sido ocupadas. Conhecemos relativamente bem à anatomia de alguns destes primeiros vertebrados, porque a face interna da carapaça óssea revela a posição e forma de muitos órgãos moles internos. O encéfalo e os nervos cranianos destes vertebrados, mais primitivo, eram semelhantes ao encéfalo e nervos cranianos de um vertebrado atual, a lampreia. A túnica externa dos urocordados é singular pelo fato de conter celulose e de abrigar amebócitos e vasos sanguíneos (em muitos), embora ela seja externa à epiderme. A faringe tomou-se altamente especializada para filtrar suspensões. Uma película mucosa (o filtro) é produzida no endóstilo e carregada ao longo da superfície interna da faringe pelos cílios frontais. Em diferentes linhas de ascídias, a superfície filtradora foi aumentada através de uma ou mais das seguintes modificações: aumento no número de estigmas, espiralação dos estigmas e dobramento do cesto faríngeo. As ascídias possuem um sistema vascular sanguíneo que abastece não apenas os órgãos internos e o cesto faríngeo, mas também, em algumas espécies, a túnica. O sistema é singular no fato de haver uma inversão periódica de fluxo através do circuito. Algumas ascídias possuem um tipo de célula sangüínea (vanadócito) dentro da qual o vanádio foi concentrado a partir das diminutas quantidades existentes na água do mar. A célula passa para o interior da túnica onde o composto de vanádio atua na deposição de celulose. Quase todas as ascídias são hermafroditas simultâneas. A fertilização ocorre externamente ou no interior do átrio. É comum a incubação no interior do átrio. desenvolvimento leva a uma larva girinóide que possui todos os caracteres cordados. Depois de uma existência de vida livre por um período variável, a larva se instala fixando-se pela extremidade anterior. A metamorfose envolve a degeneração da cauda, a qual contém a notocorda e o tubo nervoso dorsal. O crescimento diferencial resulta na rotação dos sifões para o extremo oposto do ponto de fixação. Existem duas pequenas classes de urocordados pelágicos, Thaliacea e Larvacea. Os taliáceos solitários (salpas) e coloniais têm os sifões atrial e bucal em extremidades opostas do corpo. Eles nadam através de correntes de água que passam através da faringe e do átrio. A corrente é gerada por contração da parede do corpo. Os larváceos são urocordados neotênicos que vivem dentro de uma peculiar "casa" de muco. O Plâncton é filtrado da corrente de água que passa através da casa.

Este texto foi retirado do site: http://www.animalshow.hpg.ig.com.br/vert.htm

Um quinto dos animais vertebrados da Terra pode desaparecer.

Marilia | 31/10/2010 at 20:33 | Categories: Biologia, Desequilíbrio Ambiental, Zoologia | URL: http://wp.me/pGYWy-FF


Estudo com a participação de 174 pesquisadores de diversas instituições concluiu que uma em cada cinco espécies de vertebrados está ameaçada de extinção no mundo. E, pior, a taxa tem aumentado: no período de 1980 a 2008, em média 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios se moveram para uma categoria mais próxima da extinção a cada ano.

As principais causas para a perda de espécies são a expansão da agricultura, a exploração de madeira e a introdução de espécies invasoras que acabam competindo com as nativas. "A espinha dorsal da biodiversidade está sendo corroída. Um pequeno passo dentro da Lista Vermelha é um salto de gigante rumo à extinção", disse Edward O. Wilson, um dos mais reconhecidos biólogos da atualidade, da Universidade Harvard. As espécies estudadas constam da chamada Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). As categorias da lista são: menos preocupante, quase ameaçado, vulnerável, em perigo, criticamente em perigo, extinto na natureza e extinto (até em cativeiro).

Apesar de refletir a crise atual da biodiversidade, o documento, publicado na revista "Science", serve para encorajar os esforços de conservação. De 25.780 espécies analisadas, 64 - entre mamíferos, aves e anfíbios - tiveram melhora no status graças a ações realizadas por governos ou ONGs. "Mostramos que os esforços não são em vão. As ações de conservação estão fazendo a diferença. O que é preciso agora é aumentar o investimento", disse Ana Rodrigues, uma das autoras do estudo, do Centro de Ecologia Funcional e Evolutiva, da França. Ela diz que a criação de unidades de conservação na Mata Atlântica permitiu evitar perda de hábitat e controlar atividades de caça - possibilitando que espécies como o mico-leão-dourado e o papagaio-de-cara-roxa não desaparecessem. Outro exemplo é a moratória para a caça de baleias, que garantiu a recuperação da baleia-azul.

Japão promete US$ 2 bilhões para proteger biodiversidade—.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, anunciou ontem que o Japão doará US$ 2 bilhões nos próximos três anos aos países em desenvolvimento para proteger a biodiversidade, uma iniciativa saudada pelo Brasil, porta-voz dessas nações. "Vamos lançar uma iniciativa para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento, para que elaborem suas estratégias nacionais e as apliquem", disse Kan, na 10ª Conferência do Convênio sobre a Diversidade Biológica, em Nagoya.

A questão da ajuda financeira aos países em desenvolvimento é um dos pontos-chave do encontro. Os outros temas cruciais são a instituição de metas globais para 2020 (percentual de áreas protegidas, por exemplo) e a aprovação de um acordo sobre as condições de acesso das indústrias do Hemisfério Norte aos recursos genéticos dos países do sul.

Risco maior

Anfíbios. O estudo aponta que os anfíbios estão em "situação calamitosa", por serem particularmente sensíveis à perda de hábitat e à degradação do ecossistema.

Texto retirado do jornal O Tempo.

10 novembro 2010

O Mundo dos Vertebrados

Características:

Os animais vertebrados são os seres vivos que possuem o organismo mais avançado em nosso planeta. Eles possuem como característica principal: medula espinhal e coluna vertebral (formada por vértebras). Outro ponto imortante é o fato de possuírem músculos e esqueleto, o que permite que eles realizem movimentos mais complexos. Sua habilidade nos movimentos e sua inteligência, fazem com que os vertebrados tenham uma vantagem sobre as demais espécies.

A maior parte dos vertebrados possui um sistema nervoso bastante desenvolvido. Seu sistema nervoso central é composto pelo cérebro e medula espinal. Nos vertebrados inferiores o cérebro controla predominantemente as funções dos órgãos sensoriais. No caso dos vertebrados superiores, o cérebro, que é maior, permite uma troca de informação mais intensa entre as diferentes partes do organismo.

Muitos animais como os anfíbios, répteis, aves e mamíferos, inclusive o homem fazem, parte deste grupo.

Fonte: http://www.todabiologia.com/zoologia/animais_vertebrados.htm