09 dezembro 2010

Um quinto dos vertebrados corre risco de extinção

A má notícia é que um número crescente de aves, anfíbios, répteis, peixes e mamíferos tem se aproximado da extinção. A boa notícia é que o número poderia ser pior, não fossem as medidas de conservação colocadas em prática em todo o mundo nas últimas décadas.

Nesta terça-feira (26/10), em Nagoia, no Japão, durante a 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), foi divulgado o resultado de um grande estudo que procurou avaliar o estado atual dos vertebrados no planeta.

O trabalho foi feito por 174 cientistas de diversos países, entre os quais o Brasil. Os resultados foram publicados na edição on-line da Science e sairão em breve na edição impressa da revista.

Foram analisados dados de vertebrados, incluindo as mais de 25 mil espécies presentes na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O problema é tão grande que o grupo afirma se tratar da sexta extinção em massa na história do mundo.

O estudo mostra que um quinto dessas espécies pode ser classificado como “ameaçado” e que o número tem aumentado. Em média, 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios se movem de categoria a cada ano, aproximando-se da extinção.

Do total de vertebrados existentes, 20% estão sob alguma forma de ameaça, incluindo 25% de todos os mamíferos, 13% das aves, 22% dos répteis, 41% dos anfíbios, 33% dos peixes cartilaginosos e 15% dos peixes com osso.

Nas regiões tropicais, especialmente no Sudeste Asiático, estão as maiores concentrações de animais ameaçados e, segundo o levantamento, a situação é particularmente séria para os anfíbios. A maior parte dos declínios é reversível, destacam, mas se nada for feito a extinção pode se tornar inevitável.

Os declínios poderiam ter sido 18% piores se não fossem as medidas de conservação da biodiversidade postas em prática. Esforços para lidar com espécies invasoras se mostraram mais eficientes do que as direcionadas a fatores como perdas de habitat ou caça, aponta o trabalho.

Os autores destacam a importância e a urgência das políticas públicas para conservação da biodiversidade. Segundo eles, decisões tomadas hoje poderão representar, daqui a 20 anos, uma diferença na área preservada das florestas atuais no mundo de cerca de 10 milhões de quilômetros quadrados – algo maior do que o tamanho do Brasil.

O artigo The Impact of Conservation on the Status of the World’s Vertebrates (doi:10.1126/science.1194442), de Michael Hoffmann e colegas, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencexpress.org.

Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/10/27/um-quinto-dos-vertebrados-corre-risco-de-extincao.jhtm

06 dezembro 2010

Aves de Rapina

O que são aves de rapina?

Assim são chamados todos os pássaros carnívoros e caçadores. Os mais conhecidos são as águias, os gaviões e os falcões, mas também fazem parte do grupo algumas espécies de corujas e abutres. Os rapinantes representam cerca de 10% das aves do planeta, concentrados em sua maioria na América Latina só no Brasil existem 83 espécies (36% do total mundial). Predadores perfeitamente equipados para matar, esses animais têm visão aguçadíssima: enxergam, em média, duas vezes mais que o homem. Assim, são capazes de avistar sua presa a dezenas de metros de altura e mergulhar diretamente sobre ela. São também as aves mais velozes que existem, atingindo até 268 km/h no caso do falcão peregrino. E, como se não bastasse, ainda possuem duas armas letais: o bico afiado e as garras em forma de foice.
Gostou? Quer saber mais? Então assista ao vídeo "Aves de Rapina" exibido no quadro Brasil é o bicho (Fantástico - Rede Globo / exibido em 01/04/2007).

Fontes:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM659636-7823-O+BRASIL+E+O+BICHO+AS+AVES+DE+RAPINA,00.html

http://super.abril.com.br/superarquivo/2001/conteudo_119558.shtml

Congresso na Área de Mastozoologia

Esse congresso é bem interessante para os estudantes se informarem sobre vários temas dentro da zoologia, incluindo atualidades de zoologia de tempos remotos e também como área de ensino nos dias atuais. Todo ano ocorre e os interessados devem fazer as inscrições pela internet. Nesse ano foi realizado em 19 de setembro de 2010, na cidade de São Pedro em São Paulo. Caso queira ver a programação desse congresso, acesse: http://www.cbmz2010.com.br/programacao.html

03 dezembro 2010

Mercúrio "torna" íbis brancos homossexuais

03/12/2010 às 20:31


O mercúrio afeta o comportamento dos íbis brancos, “tornando-os homossexuais”. De acordo com um estudo científico recentemente publicado, e divulgado pela BBC, quando as doses de mercúrio na dieta destas aves é elevada, os machos tendem a acasalar com outros machos.
Vários cientistas estudaram o efeito do mercúrio na dieta destas aves, na Flórida (EUA) e no Sri Lanka, para perceberem porque é que os íbis não estavam a reproduzir-se. A poluição por mercúrio pode ter origem na queima de carvão e de lixo e das águas que escorrem das minas. O relatório final, publicado na revista “Proceedings of the Royal Society B”, refere que as aves que vivem nas zonas úmidas estão a ser severamente afetadas por esta substância.
Embora os investigadores soubessem já que a ingestão de alimentos contaminados com mercúrio pode afetar o desenvolvimento dos animais, ficaram surpreendidos com as conclusões a que chegaram no final deste estudo.

“Sabíamos que o mercúrio podia reduzir os níveis de testoterona (hormonio sexual masculino), mas não esperávamos estas conclusões”, explicou, à BBC, Peter Frederick, na Universidade da Florida, coordenador do estudo.

A equipe de cientistas alimentou os íbis brancos com comida com concentrações de mercúrio equivalentes às encontradas nos camarões e nas lagostas, o principal prato da dieta destas aves. Quanto maior era a quantidade de mercúrio na comida, maior era também a probabilidade de os machos acasalarem uns com os outros.

Peter Frederick e os seus colegas referem que o estudo mostra que o mercúrio pode reduzir drasticamente as taxas de reprodução das aves e, eventualmente, de outros animais. O mecanismo que provoca este comportamento ainda não está completamente esclarecido. Há, contudo, um dado importante: os machos com as mais altas taxas de mercúrio não se exibiam tanto, pelo que eram mais facilmente ignorados pelas fêmeas.

As zonas úmidas, habitat natural destas aves, são particularmente vulneráveis à contaminação por mercúrio. As bactérias que vivem no lodo espesso, sem oxigênio, alteram a composição química do mercúrio, transformando-o na sua forma mais tóxica: o mercúrio metilado. Esta nova substância pode imitar alguns sinais dos hormônios corporais, algumas das quais ligadas à função reprodutiva.

“Estamos a verificar grandes alterações reprodutivas com baixas concentrações de mercúrio”, explica Peter Frederick. “Pelo que temos que ter mais atenção quanto a este aspecto”.

Quer saber mais: visitem o site abaixo (site de origem desta matéria), elé é interessante.

02 dezembro 2010

Classificação dos Mamíferos

Os mamíferos estão classificados em 3 grupos:
  • Monotremata

Estes são considerados mamíferos primitivos, ovíparos, e não apresentam mamilos (estruturas que ocorrem nos demais mamíferos). Um exemplo desta classe é o ornitorrinco. Encontrados na Austrália, Tasmânia e Nova Guiné, os monotremados provavelmente originaram-se durante o Mesozóico, quando se separaram da vertente Theria. Compreendendo duas famílias, três gêneros e quatro espécies viventes, esta ordem constitui uma das mais distintas entre os mamíferos atuais.




Ornitorrinco

> Notícias sobre genoma do ornitorrinco em: http://scienceblogs.com.br/brontossauros/2008/05/saiu-o-genoma-do-ornitorrinco.php
  • Marsupialia

Existem cerca de 280 espécies de marsupiais, são vivíparos, e nascem sem estar completamente formados, terminando o seu desenvolvimento no marsúpio. Entre as Américas, a América do Sul concentra o maior número de espécies, muitas podem também ser vistas na América Central, mas apenas uma espécie ocorre na América do Norte, o gambá-da-Virgínia (Didelphis virginianus). Na região australiana, a maioria das espécies reside na Austrália e Nova Guiné, mas algumas são encontradas nas ilhas Molucas, Sulawesi e ilhas adjacentes. São vivíparos, nascem sem estar completamente formados e completam seu desenvolvimento no marsúpio. Um exemplo dessa classe é o canguru.


Canguru

  • Eutheria
São vivíparos, nascem completamente formados, e podem ser eutérios (mamíferos placentários) e metatérios (formam placenta reduzida). Os eutérios apresentam cerca de 3800 espécies. Algumas ordens: Edenata, Insectivora, Carnívora, Chiroptera, Rodentia, Lagomorpha, Artiodactyla, Perissodactyla, Cetacea, Sirenia, Proboscidea, Primatas.


Exemplos da classe Eutheria

Dica de leitura sobre Mamíferos com Exercícios preparatório para o Enem : Biologia - Volume Único. Sônia Lopes e Sergio Russo. Editora Saraiva.



Atividade Prática

JOGO DA ADIVINHAÇÃO (animais vertebrados)

Objetivo desta atividade: levar os alunos a buscar seu próprio conhecimento, adquirindo a capacidade de criar e resolver problemas.

A atividade é baseada no preparo de um jogo de adivinhação feito pelos próprios alunos.


Roteiro:

A turma será dividida em cinco grupos, para cada um desses grupos serão distribuídas fotos de grupos de vertebrados (répteis, anfíbios, mamíferos, aves e peixes (ósseos e cartilaginosos)), 5 fotos para cada grupo, juntamente com as fotos serão entregue fichas que os alunos deverão preencher com dados desses animais (cobertura do corpo, habitat, tipo de alimentação, etc.), será proposta uma charada usando esses dados e essas fichas podem ser preenchidas utilizando o conhecimento prévio dos alunos ou mesmo pesquisas feitas em livros, internet ou outro meio. Após uma prévia correção feita pelo professor, as fotos dos animais ficarão espalhadas sobre a mesa e será feito um monte com as fichas. Cada um dos alunos irá retirar uma ficha e fará uma charada utilizando os dados contidos naquela ficha, os demais alunos deverão descobrir de qual animal está se falando, para facilitar a identificação o aluno poderá procurar entre as fotos o animal que melhor se identifique com a charada.


FICHA
Onde vive:     ___________________________________
Onde é encontrado: ______________________________
Alimentação: ___________________________________
Tipo de reprodução:   _____________________________
Onde se reproduz: ________________________________
Tipo de cobertura do corpo:   _______________________
Temperatura do corpo:   ___________________________
Tipo de locomoção: ______________________________
Hábitos: _______________________________________
Charada: _______________________________________
______________________________________________

Obs.: A escolha das fotos que serão utilizadas ficará a critério do professor que estiver desenvolvendo a atividade, ou ele poderá ainda solicitar que os alunos tragam as fotos que serão utilizadas na atividade.